Adoro desenhar, escrever, pensar, aprender. Caminho pela cidade para ver de um modo novo as coisas e minhas emoções. Caminho com a imaginação pelas paredes e através das casas, e perco-me nas cores e aromas das flores e verdes de meu jardim. Ouço música e pássaros, divago e exploro todos os espaços com a alma aberta. Entro em lugares como um estrangeiro, para não esquecer que sou errante como a neblina que passa.
Partilho caminhos urbanos em festivais com amigos, em casas, ruas, recantos distantes, que se tornam acolhedores na alegria e no afeto. Daí minhas poéticas da intimidade e da paisagem, atualmente hospedadas em https://sandeville.wordpress.com/ que é como um “jardim secreto” ao qual meus amigos são convidados.
Interessam-me os processos solidários e colaborativos comprometidos com a transformação de um presente que é dupla herança, recebida e, transformada, legada. Minhas pesquisas referem-se já há anos à paisagem, como experiência social e subjetiva em transformação e como história. Na fase atual priorizo duas frentes.
Uma das frentes de pesquisa reúne um grupo de pesquisadores desde 2003 e trabalha a partir do conceito de paisagens como experiências partilhadas e socialmente construídas. Na fase atual, avançamos para as questões da educação em seu sentido mais abrangente. Daí sua designação: “Paisagem, Cultura e Participação Social”. Reúne pesquisadores comprometidos com esses ideais e promove grupos de estudo, disciplinas participativas, processos colaborativos de cognição, diagnóstico, decisão, entre outras atividades. Podem ser vistos em http://ensinoepesquisa.net.br
A outra frente aborda aspectos históricos da relação sensível e artística com a paisagem, e aspectos do desenho social dos espaços comuns. Na fase atual a pesquisa intitula-se “Representações da Natureza e da Sociedade no Brasil” retomando os trabalhos de meu doutorado (“As Sombras da Floresta. Vegetação, Paisagem e Cultura no Brasil, 1999).
É fundamental a liberdade que nem sempre cabe nos rigores e excelências, que deve atravessá-los para que jamais deixem de buscar a vida, e não há liberdade sem poética, sem elas e sem fraternidade, não há conhecimento que mereça o nome.
Euler Sandeville Jr.
2 de abril de 2011 às 17:33

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