Quando criei o Núcleo de Estudos da Paisagem (NEP) da FAU em 2003 utilizei como base o ideário da Espiral da Sensibilidade e do Conhecimento, que havia desenvolvido um ano antes, ao procurar as bases para o meu trabalho docente neste novo milênio que abrimos.
Aí, adotei o esquema conceitual da Espiral para a orientação didático-pedagógica e a sua carta de princípios para o NEP, e ainda estão na base do NEP.
Mas que princípio acadêmico era esse?
Um sem o qual a produção de conhecimento fica menor, as relações ficam sem vida, a perspectiva de mundo se fecha. Um que não pode ser descrito, mas pode animar nosso processo de aprendizagem e descoberta.
E um que é bem simples:
A ALEGRIA!
Como disse o poeta, a alegria é a prova dos nove!
Isso não quer dizer que estamos felizes sempre, muito menos alegres todo o tempo, que todas as dificuldades ou superações sejam prazerosas, mas que o resultado do nosso trabalho deve trazer alegria a quem faz e a quem se dirige, por sua seriedade, por seus princípios, por suas buscas.
A alegria é uma condição do conhecimento da qual facilmente podemos nos esquecer, de tão sisudos que alguns pensam que um trabalho sério deve parecer. Ser sisudo não é ser sério, ser infeliz não é ter discernimento, ser complicado não é ter inteligibilidade. Ter amor não é ser anti-acadêmico, mas não ter amor é ter rendido parte fundante de nossa própria humanidade.
Então, meus amigos, que o fruto de nosso trabalho e aprendizagem seja gestado com alegria e criatividade, com amor, mesmo que com dificuldades e contradições, e que promova um mundo com mais esperança e alegria para todos nós.
Euler Sandeville Jr., 16 de abril de 2023
https://ensinoepesquisa.net.br/2020/12/09/orientacao-didatico-pedagogica/

Esquema conceitual da Espiral da Sensibilidade e do Conhecimento, concepção Euler Sandeville Jr., 2002
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